Conheça as antenas que monitoram ondas eletromagnéticas a partir de San Pedro de Atacama
Localizada nos arredores de San Pedro de Atacama, Chile, o Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array (Alma, matriz submilimêtrica e milimêtrica grande, na sigla em inglês) abriga antenas e é o maior e mais alto observatório de ondas eletromagnéticas do planeta. O local está aberto para quem deseja conhecer as instalações a cada sábado e domingo pela manhã. É de graça, mas é preciso se increver, preenchendo um formulário presente no site www.alma.cl. As pessoas previamente inscritas podem visitar o sítio de operações, onde está o acampamento das pessoas que trabalham no Alma e podem visitar ainda a sala de controle, laboratórios, antenas em manutenção e um transportador de antenas.
O complexo abriga 66 telecópios ou atenas de rádio, a maioria delas com 12 metros de diâmetros, que em conjunto, estudam o nascimento das galáxias, estrelas e planetas. O projeto internacional foi construído por organizadores de três continentes: Fundação Nacional para a Ciência dos Estados Unidos; Observatório Europeu Austral (ESO, na sigla em inglês); e o Instituto Nacional para as Ciências Naturais do Japão. Canadá, Taiwan e Coreia do Sul também fazem parte do projeto.
As antenas do Alma podem se deslocar repartindo-se sobre uma área muito ampla. Funcionam como se fossem pequenos fragmentos de um olho gigante. Com isso, o observatório pode estudar detalhes extremamente pequenos, alcançando uma nitidez que teria uma antena de 16 quilômetros de diâmetro, funcionando como um único telescópio gigante. Quando as antenas estão juntas uma da outra, não se vê com muita nitidez, mas é possível observar uma porção maior do céu. Quando estão muito separadas, pode-se observar só uma pequena porção, mas com uma precisão extraordinária.
História
A primeira antena foi transportada até o Alma em 2009. Em setembro de 2011, foram realizadas as primeiras observações científicas. Em março de 2013, ele foi inaugurado oficialmente. A sua particularidade é captar ondas milimétricas submilimétricas do universo. São ondas maiores que da luz infravermelha que o olho humano é capaz de ver.
Isso permite que os atrônomos aprendam novas coisas sobre o universo, que não é possível ver em outros telescópios. Permitindo-se o estudo do sol e de suas erupções, a formação das primeiras galáxias, planetas, estrelas, formação de asteróides, cometas do nosso sistema solar e nascimento de outros sistemas solares, assim como a formação da própria terra. Há expectativa de que o Alma possa descobrir novos objetos celestes.
Ao examinar as nuvens escuras e frias de pó e gás, o observatório poderia descobrir, por exemplo, onde e quando se formaram os primeiros componentes básicos da vida. Além disso, ao estudar os frios anéis que envolvem as estrelas recém-nascidas, o Alma poderia determinar os ingredientes de vida que estavam presentes antes que os planetas tivessem nascido. Desvendar como surgiu a vida no universo seria um dos resultados científicos mais importantes que poderíamos imaginar.
SERVIÇO: A visita ocorre entre 9h e 13h aos sábados e domingos. O Alma fica a 50 quilômetros de San Pedro de Atacama, a 2,9 mil metros de altura, mas as antenas estão em cima do Llano de Chajnantor a 5 mil metros de altiude. A entrada e o transporte são gratuito e é preciso se inscrever antes no site*.
*Nem todas as pessoas comparecem no dia da visita. Dessa forma, é possível chegar às 8h30 no lugar da saída de ônibus para ver se há espaços disponíveis no ônibus. O ônibus sai às 9h da Rua Tumisa, na esquina com Av. Pedro de Valdivia, quase em frente ao “Pueblo de los Artesanos”, e do Terminal de Ônibus (rodoviária). É preciso levar documento de identidade.
Mais informações em: http://www.almaobservatory.org/es/visitas/visitas-publicas
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