Conheça as montanhas de diferentes cores e os desenhos dos viajantes que ficam no entorno de San Pedro de Atacama

 

Pedras e montanhas cercam uma estrada sinuosa. O cenário é árido e lindo. São os minerais que dão o tom de arco-íris a esse vale. No horizonte, os balões vermelhos que sobrevoam o deserto a cada manhã. O vale da paciência (Llano de la Paciencia) é um meio de nada que se esgueira sem pressa por tudo que os olhos veem.

Seguimos em direção a Calama. Subimos rumo aos 3,5 mil metros de altitude sobre a Cordilheira de Domeiko e chegamos ao Rio Grande, onde está o Valle del Arcoiris ou Vale do Arco-íris. Por lá, correm soltos guanacos, uma espécie de lhama selvagem da mesma família do animal andino mais conhecido. Os guanacos são mais altos, atléticos e com a cara negra.

As colinas estão nevadas no horizonte. Vamos em direção a elas. Da estrada que vai a Calama até o Vale são 27 quilômetros. O mundo agora é dividido pelas montanhas. Algumas cobertas de branco e outras peladas. Nuas com seu tom de areia à mostra. A areia ganha a vivacidade de um mato amarelo que bilha como ouro no meio do deserto.

Atravessamos um rio. As rochas têm furos, fendas e rachaduras. Elas ganham formatos diferentes. Do silêncio das pedras brotam as cores. E o Rio Matanzilla corre quebrando a falta de sons. As cinzas vulcânicas sedimentadas trazem diferentes cores nas montanhas: verde, cobre, roxo, argila, branco e amarelo. As cores se formam e se fundem nos montes. Uma queda d’água sem água marca as rochas em um estreito e pedras.

Em Yerbas Buenas, os petroglifos nas rochas são marcas de viajantes que passaram por aqui em outros tempos. Cachorro, macaco, dragão de duas cabeças, lhamas, homem do espaço, flamingos e um muro todo desenhado nos trazem mensagens do passado. Com certeza, pessoas que se deslumbraram com essa paisagem incrível. Com esse cenário incríve, impossível não querer deixar algo registrado.

LEIA MAIS:

Trekkings: conheça os passeios tradicionais de uma forma diferente

Leave a Reply