“Gracias a la vida”: Violeta Parra é homenageada por seus 100 anos

Cantora mais famosa do Chile recebe programação especial durante 2017

Não dá para visitar o Chile sem ser embalado por sua principal cantora: Violeta Parra. Enquanto você percorre as linhas abaixo ou quando visitar o país escute sua poesia em forma de música:

Violeta ocupa no Chile um espaço parecido com que o Elis Regina tem no Brasil. Em 2017, a autora da música “Gracias a la vida” faria cem anos e vai receber uma série de homenagens ao longo do ano em diferentes cidades. A cantora que já tem um museu dedicado a ela, vai ganhar nesse ano um colóquio, festivais, exibições de filmes, novos livros biográficos, dança, exposições fotográficas, homenagens de artesãos e diversos concertos e encontros musicais.

As múltiplas atividades culturais – 300 ao todo – refletem uma mulher que não foi apenas cantora. Violeta também foi artesã, escritora, pensadora, folclorista e expoente da arte do país em sua época. Todas essas atividades culturais e uma voz inconfundível, aliada à melancolia de suas canções, fizeram com que os 100 anos de Violeta realmente virassem uma celebração nacional. Foi criado um site que reúne todas as atividades em homenagem a ela: http://www.violetaparra100.cl/programacion/

O irmão da cantora, o poeta Nicanor Parra, resume a importância dela para o Chile: “esse país deveria chamar-se Violeta”.

LITERATURA

Entre os livros disponíveis sobre a cantora, estão a “Poesía de Violeta Parra”, publicado em 2013. Em “Poesía”, editado em 2016 pela Universidade de Valparaíso, a obra da cantora é reconhecida como poesia. Já a pesquisa “Violeta en Sus Palabras” (Ed. Diego Portales), livro da jornalista Marisol García, reúne 14 entrevistas desconhecidas que a artista concedeu no Chile, na Argentina e na Suíça.

Uma nova biografia sobre a cantora está sendo preparada (ainda não há data prevista para a publicação). Também está sendo concluída uma pesquisa, que vai ganhar formato de livro, escrita por Paula Miranda e pelas acadêmicas Allison Ramay e Elisa Loncon, que aborda as gravações de 40 canções tradicionais mapuches compiladas por Violeta Parra. Os arquivos sonoros ainda são desconhecidos e incluem conversas dela com cantores indígenas.

MUSEU

Idealizado pelos filhos da artista, Isabel e Ángel Parra, que conseguiram reunir as obras que hoje são exibidas neste espaço, por meio do trabalho da Fundação Violeta Parra. Foi aberto em 4 de outubro de 2014, quando a cantora completava 98 anos.

Nas salas do museu, são exibidas obras de arpillera, pintura e papel machê, junto com documentos, objetos pessoais e instrumentos da artista. Há registros audiovisuais e documentais e uma sala educativa, pensada para visitas de escolas. O local abriga ainda uma auditório com capacidade para 100 pessoas, que recebe espetáculos musicais, debates e outras atividades.

O museu fica na Rua Vicuña Mackenna 37, em Santiago, Chile. (A um quarteirão da estação Baquedano, Linhas 1 e 5). Funciona de segunda a sexta-feira das 9h30 às 18h e aos sábados e domingos das 11h às 18h. A entrada é gratuita. Mais informações aqui: http://museovioletaparra.cl/portugues/

Veja aqui uma das homenagens à Violeta:

Confira o trailer do filme “Violeta foi para o céu” (em português):

Mais alguns documentários (sem legenda) sobre a cantora:

https://www.youtube.com/results?search_query=violeta+parra+documental

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